A nota de 1000 Afghanis emitida em 1991 pelo Banco Central do Afeganistão reflete um período complexo na história do país, marcado por instabilidade política e econômica. Durante essa época, o Afeganistão enfrentava as consequências da invasão soviética (1979-1989) e a subsequente guerra civil, o que resultou em uma economia fragilizada e uma inflação galopante. A emissão dessa nota de alto valor nominal é uma resposta direta à desvalorização da moeda afegã.
No anverso da nota, há uma representação do famoso Mausoléu de Mirwais Khan Hotak, situado em Kandahar. Mirwais Khan foi um líder afegão do século XVIII, conhecido por sua luta pela independência do domínio persa. A imagem desse monumento histórico é um símbolo de resistência e orgulho nacional, especialmente relevante no contexto do Afeganistão dos anos 90.
O reverso da nota apresenta uma cena agrícola, com trabalhadores colhendo trigo, refletindo a importância da agricultura na economia do país. A presença desses elementos sugere um desejo de estabilidade e prosperidade, mesmo em tempos de crise.
Essa nota é impressa predominantemente em tons de verde, com intrincados detalhes de segurança, como marcas d’água e microtextos, que visam dificultar falsificações. A nota de 1000 Afghanis de 1991 simboliza tanto os desafios econômicos quanto as aspirações de resiliência de uma nação em tempos difíceis.